Exemplo de Mentalidade de Crescimento em uma escola de Ensino Fundamental

A escola de ensino fundamental St. Alphonsa Catholic Elementary, em Ontário, Canadá, adotou uma cultura de mentalidade de crescimento em todas as áreas de conteúdo acadêmico, especialmente na matemática. A primeira vez que o diretor Mark Cassar ouviu falar de mentalidade foi numa capacitação profissional com Jennifer Vieira, n época Coordenadora de Matemática do conselho. A pesquisa e a capacitação de Jennifer sobre a postura de co-aprendizagem e co-ensino foram fundamentais para promover uma melhor compreensão da mentalidade de crescimento. Grande parte do sucesso de St. Alphonsa é resultado da aplicação deste trabalho pela equipe. Essa Capacitação Profissional também foi apresentada aos administradores que participaram da iniciativa do conselho de Matemática e Bem-estar. A capacitação foi um aspecto central deste trabalho. Mark aprimorou seu aprendizado sobre a mentalidade de crescimento por meio do livro Mentalidades Matemáticas, de Jo Boaler, bem como suas palestras no TEDx, e o site youcubed. Ele abraçou a neurociência e as mensagens de mentalidade. Mark apresentou essas estratégias e recursos a sua equipe e com ela co-construiu um plano para ajudar os alunos a adotar uma abordagem de mentalidade de crescimento em sua aprendizagem. Mark acredita na liderança pelo exemplo e no desenvolvimento de uma postura de co-aprendizagem com a equipe na qual ninguém é “especialista”, mas todos são colaboradores dispostos a aprender juntos, e com os outros. Como equipe, eles concordaram que os alunos precisam ver seus administradores e professores como co-aprendizes e que os erros fazem parte da aprendizagem. Com base em seu aprendizado, surgiu uma nova escola de ensino fundamental, focada na integração dessas ideias para os alunos em sua abordagem de ensino e na transmissão de mensagens. A escola está aberta há quase três anos e os alunos têm vivenciado um “ambiente propício aos erros e desenvolvido convicções positivas sobre si mesmos – de que podem aprender qualquer coisa”. (BOALER, 2019). Os resultados da implementação de mentalidade de crescimento geram estímulos ao setor administrativo, pais, funcionários e alunos. Os alunos se sentem à vontade para cometer erros, aprender matemática juntos, trocar ideias e resolver problemas com várias estratégias em mente.

Vídeo das Entrevistas dos Alunos

Jo entrevistou alunos de 7 a 10 anos, e quis saber sobre suas experiências com matemática e a abordagem da escola (vídeo em inglês).

Avaliação

Este é um trecho do novo livro de Jo, Mente Sem Barreiras, que descreve as alterações das avaliações feitas na escola:

Os professores da escola perceberam algo importante – que é difícil dizer aos alunos que os erros são realmente úteis para aprender, e, depois, penalizá-los em testes por todos os erros que cometem. Mark resumiu o efeito de tais testes quando disse: “Eis uma pergunta, valendo 20 pontos. Você já começa com 20, mas, no momento em que seu lápis toca o papel e um erro é cometido, tudo o que você enxerga é que perdeu um ponto. A ansiedade aumenta e o aprendizado cessa porque é tarde demais para fazer algo a respeito… e tudo se resume à pontuação”.  Os professores ainda avaliam os alunos, mas em vez de fornecer um número que não ajuda em nada, e penalizar erros, eles dão o que eu muitas vezes descrevo como o melhor presente que os professores podem dar aos alunos – comentários de diagnóstico sobre maneiras de melhorar, com base numa rubrica nivelada. Mark disse que, a princípio, os estudantes procuravam um número e isso era tudo o que importava, o que geralmente é resultado de uma cultura de desempenho (e não de uma cultura de aprendizado). Mas, agora, os alunos veem a rubrica, entendem onde estão em seu aprendizado e leem os comentários do professor para saber como melhorar. Essa mudança na avaliação é a melhor maneira de compartilhar com os alunos a mensagem de que você valoriza o crescimento e o aprendizado, e de que você pode ajudá-los a melhorar com orientações.  (Boaler, 2019).

Exemplo de rubricas

Agradecemos aos seguintes professores de St. Alphonsa por compartilharem suas amostras de rubrica conosco: Magda Wajzer, Chana Sousa, Maria Castrucci, Shawn Evon, Noralee Yarra, Jackie Crowley, Natalie Pileggi e Megan Venditti.

2° ano         4° ano        8° ano

Realizando mudanças

Se você deseja obter mais informações sobre a abordagem de St. Alphonsa, entre em contato com o diretor, Mark Cassar, em Mark.Cassar@dpcdsb.org.

Você também pode visitar a página da escola em: https://www.dpcdsb.org/ALPHO

Se você gostaria que a abordagem da sua escola apareça no youcubed, envie um e-mail para youcubed@sidarta.org.br